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Uma revisão detalhada da estabilidade e composição das preparações para uso tópico está fora do escopo deste site. Com o objetivo de expandir esta sessão por favor enviar comentários e sugestões para emixt@pharminfotech.co.nz. ou ftecnica@ufc.br A prática de se realizar preparações extemporâneas de cremes, pomadas e pastas para uso dermatológico é muito comum, mas são poucos os estudos publicados sobre a estabilidade ou sobre o quanto estes produtos são adequados. Contudo, secundem artem permanece como uma importante parte da prática farmacêutica e o farmacêutico deve ser guiado pelo seu conhecimento de físico-química farmacêutica, química e microbiologia. Alguns textos úteis que podem ser usados como referência estão incluídos em Martindale, Aulton (Delineamento de Formas Farmacêuticas) e Remington: A ciência e a Prática da Farmácia.
Os seguintes pontos gerais devem ser enfatizados:
Alternativas comerciais muitas vezes estão disponíveis.
O processo de composição deve ser realizado em condições que diminuam a contaminação microbiana e o risco de contaminação cruzada com outras medicações ou excipientes. Os princípios de BPF devem ser observados.
Emulsões óleo em água (cremes) são muito susceptíveis a contaminação microbiana e necessitam da inclusão de um conservante antimicrobiano compatível.
Se um produto de marca for diluído (ex.: pomada de corticóide) deve ser utilizado um diluente recomendado. Fabricantes muitas vezes apresentam sugestões quanto a composição e diluição de esteróides tópicos na forma de literatura disponível.1 A National Pharmaceutical Association (NPA), UK, também publica um diretório de diluentes.
A diluição de corticóides tópicos industrializados pode ser evitada quando uma preparação menos potente estiver disponível. Tabelas com a potencia relativa aproximada de corticóides tópicos são incluídas em publicações como MIMS e New Ethicals Compendium (Nova Zelândia). Deve-se observar que a diluição de alguns produtos não necessariamente resulta em correspondente diluição na potência.2
Um produto diluído pode ser mais susceptivel a contaminação microbiana.
É ilógico misturar preparações industrializadas (como corticóide com anti-fúngico, por exemplo) quando tais combinações estiverem disponíveis. Algumas práticas podem levar a concentração sub-terapêutica e reduzida efetividade dos conservantes.
Para muitas preparações existe pouca informação sobre a estabilidade e prazo de validade assinalado para as preparações deve ser conservativa. A preparação regular de pequenas quantidades é mais desejável do que a preparação em grandes quantidades.
REFERÊNCIAS
Deeks T. Compounding and dilution of topical steroids. Br J Pharm Prac 1985 (June): 134-40.
Gibson J.R., Darley C., Kirsch J., Saihan E.M., Neild V.S. The dilution of proprietary corticosteroid ointments – an attempt to evaluate clinical potencies. Br J Dermatol 1982; 106: 445-8.
Outras leituras
Barrett C.W. Pitfalls in the extemporaneous formulation and compounding of dermatologicals. Br J Pharm Pract 1987 (Sept): 334-38, 43.
Busse M.J. Dangers of dilution of topical steroids. Pharm J 1978; 220: 25-6.